Numa primeira parte será feita a introdução ao assunto, onde é praticado (restringe-se a quatro concelhos do Baixo Alentejo), a sua história e características musicais e poéticas. Para tal vamos recorrer a depoimentos e imagens de arquivo.
Numa segunda fase, acompanharemos os cantadores nas diferentes ocasiões de Cante ao Baldão, conhecendo os principais intervenientes, em suma demonstrar como é o Baldão no presente।
Embora numa escala reduzida, o Baldão é praticado e assistido por um grupo de pessoas fiel e orgulhoso। Tal como em todos os géneros musicais existem as figuras mais prestigiadas (como por exemplo o tocador de viola Campaniça Manuel Bento, cuja família s
empre se dedicou á construção de violas), os aspirantes, os polémicos (uma das figuras mais faladas é Mariana Maria, uma das poucas mulheres que praticam o Baldão, e a única que o faz em público como os homens, os seus traços marcadamente masculinos levam a discussões e picardias, mas é considerada uma das melhores praticantes do género), as rijas (a mais antiga é entre campaniços, naturais da planície, e serrenhos, naturais da serra; nos primórdios do Baldão, os afundamentos giravam muitas vezes em torno das diferenças e qualidades das duas regiões, hoje serrenhos e campaniços unem esforço para manter vivo o Baldão), os locais de culto e as diferentes “performances” consoante o tipo de espaço (existem dois grandes eventos sociais onde se canta o Baldão, a Feira de Castro e a Romaria da Senhora da Cola, mas o Cante genuíno ocorre nas tabernas, hoje em dia é comum os cantadores marcarem um dia na semana para se encontrarem). É 
este trabalho de campo o centro do nosso projecto।
Com este documentário queremos dar a conhecer um fenómeno cultural alentejano que nos parece interessante, até porque conscientes do seu fim eminente sentimos uma certa urgência em registá-lo antes que desapareça por completo।
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